Manutenção hospitalar: 7 dicas para não deixar passar nada
Para que as instituições de saúde ofereçam o melhor atendimento aos pacientes, é preciso ir além de ter um bom corpo médico. Toda a estrutura também é importante e deve estar funcionando perfeitamente. Para isso, a manutenção hospitalar é imprescindível.
Manter a manutenção do hospital em dia é medida fundamental para evitar consertos emergenciais e minimizar o tempo de inatividade. Além disso, uma simples falha em um equipamento pode colocar a vida de uma pessoa em risco.
Neste artigo, compreenda melhor o papel estratégico que a manutenção hospitalar exerce para a boa operação deste empreendimento.
O que é manutenção hospitalar?
Em nosso país, a manutenção ainda é entendida como fonte de despesas e não como uma forma preventiva que traz segurança e economia. Para hospitais, talvez essa visão não seja tão radical, já que a vida de pessoas depende que tudo funcione bem nestes ambientes.
Assim, a manutenção hospitalar pode ser entendida como um conjunto de atividades que servem para conservar e aproveitar o potencial da estrutura e equipamentos durante sua vida útil.
Importante destacar que a manutenção em ambientes hospitalares inclui desde os cuidados com a edificação (paredes, telhado, portas e janelas) até os variados equipamentos hospitalares e dispositivos utilizados para a gestão.
Entram na conta, também, a rede de energia elétrica, sistemas de aquecimento e armazenamento de água e climatização, que são fundamentais para o bom funcionamento de qualquer hospital.
Importância da manutenção em hospitais
Assim como ocorre com qualquer outro empreendimento, a falta de manutenção do hospital pode custar bastante caro, principalmente no âmbito de gestão e operação hospitalar.
Os doentes críticos, por exemplo, estão vulneráveis e dependem do assessoramento 24 horas de equipamentos. Se estes equipamentos estão com defeito e a manutenção atrasada, o paciente corre risco de vida!
Além disso, quando não há a adoção de cuidados preditivos e preventivos, as estruturas e os aparelhos hospitalares podem entrar em colapso rapidamente, elevando os custos para sua troca.
Tudo isso compromete a credibilidade do hospital, podendo afastar novos pacientes, diminuindo a lucratividade.
Ou seja, a falta de uma manutenção hospitalar regular pode comprometer a vida de pacientes, onerar custos e exigir que gestores tenham de lidar com custos mais altos para colocar tudo em ordem.
Por fim, mas não menos relevante, uma manutenção adequada e regular contribui com a redução dos riscos para colaboradores, evitando acidentes de trabalho.
Também confere maior confiabilidade aos resultados de exames, aliando conforto com produtividade.
Qual tipo de manutenção hospitalar escolher?
Em todos seus níveis, a prestação de serviços hospitalares é totalmente dependente de máquinas, equipamentos e da estrutura física. Desde a luz ambiente até um instrumento altamente sofisticado, o bom funcionamento é essencial.
Para isso, há três possibilidades de manutenção hospitalar. Entenda qual é o papel de cada uma delas a seguir:
Manutenção hospitalar preventiva
A ideia de realização da manutenção preventiva é evitar que pequenas avarias cresçam e se tornem grandes dores de cabeça.
Quando deixadas de lado, essas avarias podem levar ao desgaste, paradas durante o horário em que o equipamento deveria funcionar e até ocasionar seu colapso. Por isso, é sempre melhor prevenir que remediar.
Assim, a manutenção preventiva é crucial para que os equipamentos sejam bem mantidos e que haja peças de reposição e consumíveis suficientes para minimizar possíveis interrupções.
Manutenção hospitalar corretiva
Esse é o tipo mais conhecido de manutenção, no entanto, é o menos efetivo.
A manutenção corretiva consiste em paradas, geralmente não programadas, para a realização de consertos de uma estrutura ou aparelho, trocando peças e fazendo testes.
A manutenção corretiva pode impactar no orçamento e na oferta dos serviços hospitalares. Também eleva o risco aos operadores e usuários.
Manutenção hospitalar preditiva
A manutenção preditiva é a menos comum, mas a mais eficiente. Ela é adotada por unidades que aprenderam a gerenciar seus riscos, priorizando as atividades de manutenção.
Ela se caracteriza pela adoção de medidas planejadas com o propósito de evitar falhas e estender a vida útil de edificações e dispositivos.
Para que isso seja possível, a manutenção hospitalar preditiva prioriza o monitoramento remoto e a inspeção, que deve ser programada considerando os dados coletados durante o monitoramento.
7 dicas e recomendações para acertar na manutenção hospitalar
Em hospitais, o processo de manutenção precisa ser muito bem-organizado e estruturado para funcionar bem. Somente assim será possível estabelecer ciclos de melhoria contínua na manutenção, com vantagens para funcionários, pacientes e para todo o empreendimento.
Pensando nisso, vale seguir um roteiro com 7 passos para implementar um programa de manutenção do hospital.
1. Comece pelo planejamento
O planejamento é sempre indispensável. É preciso dividir o plano conforme os três tipos de manutenção, priorizando a preditiva e a preventiva. Vale começar listando as tarefas de inspeção e monitoramento.
Com isso, fica mais fácil visualizar as ferramentas e profissionais necessários para a manutenção.
2. Aposte em profissionais especializados
Investir em manutenção pode ser custoso, por isso ter uma boa gestão hospitalar financeira é também importante. Vale avaliar as demandas e contratar profissionais específicos de acordo com a necessidade.
Outra recomendação é ter ao menos um ou dois funcionários capacitados, que entendam de conservação da estrutura hospitalar e te ajudem na gestão desse processo.
3. Oriente sua equipe de saúde
Embora exija profissionais qualificados, a manutenção hospitalar não depende só deles. É essencial que os operadores de equipamentos e demais integrantes das equipes de saúde entendam um pouco desse assunto.
Esse entendimento inclui a maneira correta de ligar e desligar o dispositivo, como ele deve ser operado e guardado, além dos produtos de limpeza adequados a serem usados.
4. Tenha um inventário
Um hospital desorganizado, provavelmente é um fator que gera perdas, pois as estruturas e dispositivos não são consertados e podem estar subutilizados.
Por isso, não cometer esse erro é uma dica imprescindível. Cada aparelho, acessório e móvel deve estar listado no inventário, garantindo melhor controle do seu uso.
5. Faça inspeções periódicas
Com o planejamento e monitoramento em mãos, é possível determinar o período de inspeção de cada equipamento.
Essas inspeções devem se basear nos seguintes grupos:
- Hidráulica
- Elétrica
- Manutenção civil
- Ar-condicionado
- Fontes de energia
Neste último caso, o investimento em equipamentos que apresentem maior eficiência energética é uma grande recomendação.
No Brasil, apenas os hospitais representam 10,6% do consumo de energia de uso comercial, segundo estudo da KPMG.
Então, a recomendação é adotar boas práticas de manutenção de equipamentos com maior eficiência energética, substituição de sistemas de iluminação e uso de fontes alternativas de energia.
Com isso, é possível otimizar a utilização de energia, promover economia e manutenção adequada em hospitais.
6. Analise os dados coletados
Pouco adianta monitorar e coletar uma série de dados se eles não são analisados corretamente.
Também é importante considerar os indicadores de desempenho, além do acompanhamento dos resultados.
Ou seja, é preciso comparar e avaliar indicadores para verificar o progresso do seu programa de manutenção, a fim de fazer os ajustes necessários.
7. Considere os feedbacks dos usuários
Colaboradores (médicos, enfermeiros, etc.), pacientes e acompanhantes podem reparar em sinais de que as estruturas e equipamentos estão se deteriorando.
Por isso, é sempre importante ouvi-los e levar em conta esses feedbacks, buscando o aprimoramento contínuo da manutenção.
Melhore a gestão da manutenção hospitalar
Tão importante como a manutenção hospitalar é priorizar o gerenciamento deste processo. Isso é imprescindível para atender as necessidades dos pacientes e os padrões regulatórios de higiene e funcionamento de instalações de saúde.
Para lidar com as falhas, também é preciso ter procedimentos e equipes que respondam rapidamente para realizar reparos e substituir peças defeituosas. Para isso, um planejamento cuidadoso garante que os equipamentos apresentem um desempenho ideal.
Vale também reforçar a importância do compartilhamento de conhecimento técnico para utilização dos equipamentos.
É importante atribuir a uma pessoa (ou gerente) a responsabilidade de compartilhar conhecimento entre todos os usuários e, também, com a equipe de manutenção e reparo.
Com isso, é possível fornecer um serviço de manutenção hospitalar de qualidade para as pessoas que mais precisam de cuidados de saúde.
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